segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Os-meus-pais-endoideceram!

Imaginem que é domingo. Já são 23h48 e os vossos pais ainda não chegaram a casa, após um passeio. Vocês preocupados, ligam para a vossa mãe: 

"Sim, filha. Diz?" - Então, onde estão? Nunca mais vêm para casa? - "Oh fomos mandados parar pela polícia." - O quê? Pela polícia? - "Sim.. mas eu não posso fazer nada. Estamos aqui parados." - Hã? - "Sim, desenrasca-te.. chama uma ambulância! Não podemos fazer nada" - Mãe, tu estás bem? O que raio estás para aí a dizer? Ambulância?? - (escusado será dizer que até aqui vocês não estão a entender o que se passa e o que só vos surge à ideia é a possibilidade da vossa querida mãe estar é bêbada que nem um cacho, é que só pode!)

Desliga-se a chamada e, nisto, a vossa avó aproxima-se de vocês já muito preocupada: "O que aconteceu?! Polícia?" - Sim, pelos vistos a polícia mandou parar os pais! E a mãe não diz coisa com coisa! Passou-se. - "Ai Senhor. Se calhar iam com excesso de velocidade." 

Nisto, a vossa mãe volta a ligar-vos. Atendem: "Filha, nós já estamos a ir para aí e a polícia vem atrás de nós. Vamos todos aí a casa. Pede à avó que simule que esteve a vomitar, porque eu e o teu pai inventámos essa desculpa à polícia pois íamos muito depressa e.. até ultrapassámos a linha contínua da estrada. Vai daí ligaste-me toda aflita com a tua avó! E ficámos preocupados." 

Incrédulos com a informação dada pela vossa querida mãe, passam o telemóvel à vossa avó, de modo a que fique tudo bem esclarecido para a cena de teatro que vos espera.

Avó: "Ai mas afinal não sou eu que estou doente? Ah ok.. é a filha. Pronto, pronto. Não se preocupem quando chegarem ela já vai estar deitada na cama. Até já"

Soltam-se gargalhadas entre as recentes envolvidas da história e já no corredor, a 3 passos dos respetivos quartos, ainda se discute quem será a doente e quem abrirá a porta de entrada à polícia: "Não, és tu!" - Eu?! Mas a mãe disse que eras tu! - "Não, não! És tu que te sentiste mal da bebedeira de ontem, das festas do S.Paio. Vai para a cama que estão a chegar!" (a neta anuiu e enfia-se na cama às gargalhadas)

2 minutos depois, ouve-se a porta do hall a abrir. Vozes másculas e passos pesados aproximam-se do quarto da "doente": "A menina está bem? Quer que chamemos uma ambulância?" (vocês nervosos e a fazerem um tremendo esforço para não se rirem na cara dos polícias, respondem com voz trémula de doença: "Já estou melhor..foram só umas cólicas..mas já estou melhor.." (os polícias examinam-vos com muita atenção e ao vosso quarto, qual visão raio-X. E despedem-se, desejando-vos uma boa noite e as rápidas melhoras. Fecha-se a porta do hall. Soltam-se gargalhadas vossas, dos vossos pais e da vossa avó. Qual cena de cinema, qual quê?)


Conclusão: esta história aconteceu e com a minha pessoa (nem há 40 minutos). Foi de mijar a rir. Eu passei por bêbada. Os meus pais e avó passaram por heróis, qual família dedicada aos seus. Ainda nem sei como não me ri na cara dos polícias que me olhavam de forma duvidosa "ora, será verdade? ora será mentira? mas afinal era a filha ou era a neta que se sentiu mal?" porque o meu pai disse a um dos polícias, minutos antes, que era a filha que tinha vomitado e a minha mãe dizia ao outro polícia que era a sua mãe (a minha avó). Nem é tarde nem é cedo, vieram atrás dos meus pais o resto do caminho para averiguar se seria mesmo verdade ou não e, assim, livravam-se de uma (choruda) COIMA/MULTA por excesso de velocidade. Afinal, havia uma situação de emergência e tudo em prol da filha "bêbada" que foi ao S.Paio. 

Eu acho que merecia um aumento na minha mesada (e um Óscar!), não concordam comigo? Hummpfff! Viraram canalhinha agora, querem ver? E eu que os ature. Mas... foi de chorar a riiiiir!

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